
Para fechar os ciclos criativos do Laboratório Afrofuturista de Narrativas Cinematográficas, foi fundamental propor, como exercício formativo, uma vivência que desafiasse o potencial de comunicação, cooperação e criação coletiva dos participantes dentro de um contexto de distanciamento social, diversidade territorial e interação remota e virtual.
Daí, surgiram dinâmicas únicas de socialização, superação de estereótipos, responsabilização, autonomia e trabalho colaborativo que, em diferentes graus, contornaram a escassez de estrutura, logística e recursos. O que tornou possível a realização de narrativas audiovisuais que trazem soluções engenhosas e marcas dessa junção de desejos, potencialidades e afetividades experimentada no processo.

Encerramos o percurso do Lab com a exibição dos trabalhos finais e uma roda de análise, debate e troca de experiências sobre a jornada criativa dos filmes, que caminharam por temas como saúde mental na pandemia, neorruralismo, memória ancestral, virtualidades, distopias, arte periférica, entre outros.
Um dado interessante e animador — e que também representa o resultado que almejamos dentro do ambiente de compartilhamento de saberes que o Lab instaura — é que a parceria firmada e concretizada durante a produção dos filmes segue projetando movimentos férteis, agregadores e contínuos.
