Lab Afro-ameríndio

Provocar e visibilizar imaginários, propostas, ideias e desejos que discutam o momento de renovação política em que vivemos hoje, somando-se a mobilizações regionais e impulsionando o debate sobre a construção de políticas voltadas para as comunidades negra, indígena e LGBTQIA+
nas favelas e periferias, no campo e na floresta.

Essa é a premissa do Laboratório Permanente Afro-ameríndio, que pretende ser uma resposta pedagógica e política ao contexto atual brasileiro, garantindo acesso ao aprendizado e à produção criativa em linguagens visuais, imersivas e tecnológicas para a construção de um Brasil mais justo, democrático e com direitos preservados.

O LPA é voltado para o protagonismo da juventude negra, indígena e de populações tradicionais de todo o Brasil, engajados com reparação social, equidade de gênero, equidade socioeconômica e democracia. Queremos potencializar a atuação artística e política de comunicadores, cineastas, artistas, tecnólogos e ativistas espalhados pelas periferias do Brasil.

Outra meta é fortalecer a entrada de grupos sociais minorizados (mulheres, LGBTQIA+, negros, indígenas) e coletivos periféricos no mercado da comunicação, artes, audiovisual e tecnologia, incrementando a formações acadêmica e profissional desses jovens e gerando renda e autonomia para essa parcela da população.

Durante a formação, compartilhamos conteúdos que incluem Filosofia Africana, Cosmologias Indígenas, Comunicação, Ativismo, Saúde Mental, Linguagem de Programação e Realidade Virtual, reunindo nomes de comunicadores, cientistas, ativistas e artistas como Nina da Hora, Alice Pataxó, Renato Noguera e Skarlati kemblin.

A terceira fase do Lab consistiu na seleção de 11 dentre os 40 jovens inicialmente selecionados para participarem de uma imersão nos conteúdos compartilhados durante a segunda fase. Os encontros tiveram a orientação de Skarlati Kemblin (Narrativas Visuais), Jéssica Brito (Narrativas Imeresivas) e Jonas Alves (Narrativas Tecnológicas).

Trabalhando a partir da temática “O Brasil que eu quero em 2023”, os participantes da imersão roduziram obras visuais, audiovisuais e imersivas que partem do fortelecimento de suas subjetividades e da vivência local conectada a debates sobre o futuro do Brasil, além do desenvolvimento de uma plataforma online para reunir e publicizar os trabalhos criados durante a Imersão.

CAMPANHA

O fruto desse esforço coletivo deu à luz a campanha “O Brasil que a gente imagina”, uma ação virtual de alcance nacional pensada para semear as ideias do Lab e disseminar as reflexões e desejos compartilhados por jovens de diferentes territórios do país.

Durante o mês de outubro, pegando carona nas discussões sociais e políticas trazidas pelas eleições, foi lançada nas redes a hashtag #obrasilqueagenteimagina para estimular o engajamento com posts e vídeos que dialoguassem com a proposta.

O objetivo foi provocar e visibilizar narrativas, propostas e pautas que discutam o momento de renovação política que vivenciamos hoje, somando-se a mobilizações regionais e democratizando o debate sobre participação política.

Impacto e avaliações

“Eu faço terapêuticamente as aulas com um prazer imensurável. É ótimo ver um pessoal misturado tão interessado em desenvolver um olhar em comum.”

“Tem sido expansivo. Me sinto maior a cada aula/encontro/troca. É engrandecedor poder ouvir tantas pessoas incríveis e inspiradoras que me instigam a ser maior e transgredir as barreiras das tecnologias. Fico entusiasmada para, cada vez mais, externar tudo que venho ouvindo e aprendendo com o lab. Gratidão.”

“Muito importante estar com pares para repensar o mundo, muito grata!”

“Está sendo positiva e quero por em prática na minha região com o apoio da Gato Mídia :)”

“A experiência tem sido muito boa, abridora de janelas para se inspirar e sonhar com novas formas de expressar mundo. As trocas são incríveis e ver uma galera de vários lugares do Brasil compartilhando o que sabe e aprendendo junto é encantador!”

“Apesar de não conseguir acompanhar nas aulas ao vivo, minha experiência foi maravilhosa, pois os conteúdos compartilhados expandiram minha mente para infinitas possibilidades do nosso fazer artístico e da cooperaração entre pessoas pretas e indígenas. O processo de hackear os espaços, a hegemonia dominante e o pensamento crítico racista é algo que venho vivenciando há algum tempo e o lab catalisou muitos entendimentos em mim. Sou grato!”

“eu amei e estou amando, foi um novo olhar e descoberta, as aulas de narrativas imersivas abriu minha mente e aguçou bastante sobre como trabalhar o que foi passado dentro das aulas no desenvolvimento do coletivo de audiovisual que eu já trabalho, enfim sou grata e feliz por todo aprendizado, ansiosa por mais aulas e novos cursos 🙂 pessoal da coordenação voces são nota millllllllllllll :)”

“Participar do Laboratório foi uma experiência de trocas, conexões e ampliação de campos fecundos na intelectualidade, afetos e criação. É um espaço extremamente relevante para ampliação de repertórios a partir de uma perspectiva crítica de discussão racial em intersecção aos marcadores sociais de gênero, sexualidade, classe e diversidade territorial. Agradeço a oportunidade.”

“Olha me surpreendeu pois foi o primeiro laboratório que fiz ,devido a demanda do meu trabalho,mesmo assim consegui acompanhar e gostar muito das trocas . Gostei da forma humilde e educada dos responsáveis tratam todos por igual . Desejo que venham mais trocas e que eu esteja participando mais . Toda equipe estão de parabéns. Que venham mais laboratórios”

“Foi maravilhoso! Apesar de, por conta da minha rotina, não conseguir participar de todas as aulas o vivo, todas as que participei, além das aulas gravadas, foram especiais de alguma forma. Seja pelos participantes diversos, com suas mil narrativas possíveis, seja pelos professores incríveis que trouxeram uma escuta ativa, uma sensação de pertencimento absurda e uma faísca de curiosidade no tema que, para mim que ainda estava numa fase mais embrionária, acabei me envolvendo mais. Parabéns a todes!”

“O lab foi uma experiência que expandiu horizontes! Desde os conteúdos e conhecimentos compartilhados, até às possibilidades de conhecer pessoas tão diversas. Algumas coisas pude aprofundar, outras pude ter o contato pela primeira vez. De uma forma ou de outra, o lab deu um impulso para seguir criando e pesquisando.”

“Eu gostei muito de fazer parte do lab, mas tenho vontade dessa experiência presencial.”

“O Lab Afroamerindio foi um presente, principalmente as aulas do Bretas. Eu amei a possibilidade de conseguir rever os conteúdos graças às aulas gravadas. A equipe técnica, os educadores, a organização de vocês, tudo torna o lab mais interessante.”

“Gente eu gostei demaaais. Tive vários insides durante. Como artista sai fortalecido com uma rede mto massa de trocas. Tô feliz demais!”