Afinal, o que é tecnologia para a mulher favelada?
Durante duas semanas, 20 mulheres participaram da residência Favelada 2.0, na Casa Brota – Coworking de favela no Complexo do Alemão, que teve como tema central a representatividade das mulheres nas mídias e nas tecnologias.
Mulheres pretas e periféricas, vindas dos quatro cantos da cidade do Rio de Janeiro e Baixada Fluminense, percorreram as ruas do Complexo do Alemão conversando com outras mulheres sobre a relação da periferia com a tecnologia. E o resultado foi a criação da campanha Favelada 2.0 – Afinal, o que é tecnologia para a mulher favelada?
As respostas vieram a partir da perspectiva da tecnologia como ferramenta de solucionar problemas da forma mais ágil, eficaz e barata. Saberes passados de geração a geração que possuem técnica e ciência. São modos de fazer, criar e produzir com baixo custo, fácil aplicabilidade, reaplicabilidade e impacto social.
É a criatividade popular aliada a capacidade de inventar soluções para as faltas do dia a dia. Tecnologia é a ciência da gambiarra e do se vira. “Quem melhor do que a mulher favelada pra saber o que é a ciência de se virar (a sevirologia)?”, comentou Morena Mariah, diretora de comunicação e conteúdo da INOVA Colab, aceleradora de canais de YouTube focada em democratização das narrativas audiovisuais na web.
A residência Favelada 2.0 é uma iniciativa do GatoMÍDIA, espaço de aprendizado em mídia e tecnologia para jovens negrxs e de espaços populares, e teve o objetivo de visibilizar e estimular a presença das mulheres (sobretudo negras) na tecnologia tendo como referência a favela território potente capaz de inovar e propor soluções coletivas para os problemas sociais.
Veja os resultados: